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Bebés que dormem a noite toda, sonho ou realidade?

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A comida e a dormida são provavelmente os temas em que perceciono mais pais de bebés a queixarem-se. Se tenho muita sorte com a parte da alimentação, que eu acho que também foi muito estimulada, não posso dizer o mesmo da dormida. Cada criança é uma criança e tem os seus interesses e ritmos, mas parece-me que também depende muito do comportamento dos pais. Com o meu primeiro filho, aos 3 meses, já andava desesperada e resolvi que deveria ir a uma consulta de sono. Foi um bocadinho agressivo, mas devo dizer que, tal como tudo o que tenho vivenciado na vida, me ajudou a ser uma mãe “galinha” mais racional. Rapidamente o meu filho se tornou disciplinado na hora de ir dormir, o que nos fazia ter um tempo de muita qualidade enquanto casal. Continuava, no entanto, a acordar uma vez por noite para dar de mamar. Até que, aos 16 meses, lhe disse que estava na altura de dormir a noite toda porque a mamã tinha de descansar, que só poderia haver mama quando houvesse luz do dia. Foram três di...

Sorte com os filhos: genética ou investimento?

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Ando a ler um livro sobre genética que estou a ter dificuldades em acabar porque baseia os acontecimentos quase exclusivamente em pre-determinações genéticas. O que significaria que praticamente tudo o que nos acontece está determinado não sendo influenciado por pessoas e situações. Sou uma crente em aprendizagens, em pessoas, em momentos que nos modificam e moldam. Lembro-me de conversas, de livros, de vivências que me fizeram chegar a quem sou e onde estou hoje. Essa mesma crença faz-me imaginar e criar projectos com alguma rapidez. Hoje em minha casa descrevia mais uma vez a pedagogia Montessori, não sou obcecada mas acredito em muitas das premissas da teoria. E às tantas já eram os meus filhos que orgulhosos explicavam como são as regras em nossa casa. Se tivesse de descrever diria que já está tão absorvido que até eles percebem que as pessoas ficam positivamente surpreendidas então descrevem como fáceis de entender as regras: o arrumar depois de brincar, o colocar a roupa ...

Amamentação e um pesadelo de 3 meses

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Sou uma defensora da amamentação, fiz questão de amamentar os dois mais velhos até aos 24 meses e tenciono fazer o mesmo com a mais pequena. Mas amamentar não é sempre fácil, é efetivamente um desafio. Quando corre bem está tudo bem e é maravilhoso ,  mas quando não corre consegue ser muito extenuante e até doloroso. Uma das consequências inicias que tive quando comecei a amamentar foram os olhos secos. No Luxemburgo foi diagnosticado tudo e mais alguma coisa, porque eu via bem e não percebiam porque me queixava de ver baço. Depois de hidratar os olhos com gotas e pomadas cheguei à conclusão que o melhor era aumentar radicalmente a água consumida e foi a melhor medida que tomei. A amamentação consome-nos muita água e se com a segunda filha já me obrigava a beber água, na terceira impus-me inicialmente a beber 4 garrafas de água por dia, 6L de água. Não gastava plástico porque enchia todos os dias as 4 garrafas   com água filtrada da torneira. A conclusão foi que enquanto t...

Educação Física o parente pobre

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Estamos em ano de Jogos Olímpicos, ano em que o Mundo se lembra que o Desporto existe. Ano em que todos se lembram de reclamar medalhas, ano em que mesmo as pessoas mais sedentárias criticam o facto dos atletas não terem conseguido ganhar entre os melhores. O desporto de competição está longe da minha área de interesse, sou uma apaixonada pelo movimento, pela atividade física, pela educação física, pela promoção de uma vida mais saudável. As provas dos JO são divertidas de ver mas a minha vida não me permite sentar em frente à televisão a acompanhar como gostaria. “Não conseguimos nada, só ganhámos um certificado!”, nos jogos olímpicos só concorrem os melhores! Aqueles que praticam arduamente todos os dias e que são efetivamente os melhores do mundo. Como podemos dizer com desdenho que os atletas não ganharam nada quando dentro dos melhores do mundo ainda ganharam um diploma? Ganhar as provas é já por si uma motivação que todos os participantes têm, mas estão a concorrer os melhore...

Desengasgar um filho bebé

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Não tenho conseguido escrever, não por me esquecer ou por não ter assunto, mas simplesmente porque a gestão familiar, profissional, académica e social não é sempre fácil. Quem tem filhos concorda certamente que existia uma vida e uma utilização do tempo sem filhos e outra completamente diferente e bem mais rápida com filhos.   Hoje vou contar-vos um episódio que vivenciei no outro dia e que acredito possa ser útil para quem o ler. Fui almoçar com uma amiga a um centro comercial e com a minha filha mais nova, na altura com oito meses. Não sei se já mencionei, tenho um artigo para escrever sobre isso, mas tenho a «sorte» de ter crianças que gostam muito de comer. Prometo que não me esquecerei de vos contar porquê. Levei comida para a minha filha, cozinhada, já partida e separada em caixinhas para ir abrindo para ela ir comendo sozinha. Às tantas apercebo-me que a pêra não estava tão bem cozida como a maçã, porque   tinham sido cozidas juntas e comecei a partir ...

Tirar ou esperar?

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  Já passaram anos desde que escrevo este blog e às vezes questiono-me se vale a pena despender tempo a escrever e, quando isso acontece, há sempre alguém que vem ter comigo e me diz « Catarina, podias escrever sobre este tema.. » e acabo sempre por pensar em imensas coisas e fico a acreditar que vale a pena e que ajudará a atingir o meu propósito de criar uma sociedade melhor para os meus filhos e para os vossos. No outro dia uns amigos disseram-me que eu não podia não ter sido mãe, que me estava no sangue. Não sei se percebi completamente porque diziam isso, mas se tiver que me descrever enquanto mãe diria que sou uma mãe galinha mais racional que emocional. Adoro os meus filhos e acompanho-os muito mas tento agir sempre da forma que me parece melhor para se tornarem bem aceites na sociedade. Se os meus filhos me pedirem para comprar alguma coisa e eu não vir propósito ou necessidade direi que não, mesmo que façam choradinho. Enquanto mãe, às vezes sinto que não conseguimos v...

Qual o problema de tornar os nossos filhos os reis da casa?

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Costumo por brincadeira chamar os meus filhos de príncipes e hoje li um artigo que me  fez perceber porque é que não chamo os meus filhos de reis ou rainhas. Já referi em artigos anteriores o respeito que tenho pelos meus filhos, desde o dia em que nasceram, respeito-os e converso com eles desde sempre. Falamos e tudo é explicado, não existe um “não porque eu não quero”. Existem nãos com explicações válidas que são, por norma, bem aceites. Com a justificação aumenta também a percepção que têm das situações que os rodeiam, o que aumentará possivelmente a maturidade deles. Não mudei a minha vida quando eles nasceram, adaptei-a. Não deixei de ser eu própria, mas há coisas que foram ajustadas. Saía imenso à noite quando era mais nova, com a chegada dos filhos não deixámos de sair, mas saímos menos. Nunca dissemos que tínhamos o problema dos filhos, porque para nós nunca foi um problema. Somos uns apaixonados por viagens e os nossos filhos também já são. Há uma adaptação de pa...