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Desengasgar um filho bebé

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Não tenho conseguido escrever, não por me esquecer ou por não ter assunto, mas simplesmente porque a gestão familiar, profissional, académica e social não é sempre fácil. Quem tem filhos concorda certamente que existia uma vida e uma utilização do tempo sem filhos e outra completamente diferente e bem mais rápida com filhos.   Hoje vou contar-vos um episódio que vivenciei no outro dia e que acredito possa ser útil para quem o ler. Fui almoçar com uma amiga a um centro comercial e com a minha filha mais nova, na altura com oito meses. Não sei se já mencionei, tenho um artigo para escrever sobre isso, mas tenho a «sorte» de ter crianças que gostam muito de comer. Prometo que não me esquecerei de vos contar porquê. Levei comida para a minha filha, cozinhada, já partida e separada em caixinhas para ir abrindo para ela ir comendo sozinha. Às tantas apercebo-me que a pêra não estava tão bem cozida como a maçã, porque   tinham sido cozidas juntas e comecei a partir ...

Tirar ou esperar?

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  Já passaram anos desde que escrevo este blog e às vezes questiono-me se vale a pena despender tempo a escrever e, quando isso acontece, há sempre alguém que vem ter comigo e me diz « Catarina, podias escrever sobre este tema.. » e acabo sempre por pensar em imensas coisas e fico a acreditar que vale a pena e que ajudará a atingir o meu propósito de criar uma sociedade melhor para os meus filhos e para os vossos. No outro dia uns amigos disseram-me que eu não podia não ter sido mãe, que me estava no sangue. Não sei se percebi completamente porque diziam isso, mas se tiver que me descrever enquanto mãe diria que sou uma mãe galinha mais racional que emocional. Adoro os meus filhos e acompanho-os muito mas tento agir sempre da forma que me parece melhor para se tornarem bem aceites na sociedade. Se os meus filhos me pedirem para comprar alguma coisa e eu não vir propósito ou necessidade direi que não, mesmo que façam choradinho. Enquanto mãe, às vezes sinto que não conseguimos v...

Qual o problema de tornar os nossos filhos os reis da casa?

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Costumo por brincadeira chamar os meus filhos de príncipes e hoje li um artigo que me  fez perceber porque é que não chamo os meus filhos de reis ou rainhas. Já referi em artigos anteriores o respeito que tenho pelos meus filhos, desde o dia em que nasceram, respeito-os e converso com eles desde sempre. Falamos e tudo é explicado, não existe um “não porque eu não quero”. Existem nãos com explicações válidas que são, por norma, bem aceites. Com a justificação aumenta também a percepção que têm das situações que os rodeiam, o que aumentará possivelmente a maturidade deles. Não mudei a minha vida quando eles nasceram, adaptei-a. Não deixei de ser eu própria, mas há coisas que foram ajustadas. Saía imenso à noite quando era mais nova, com a chegada dos filhos não deixámos de sair, mas saímos menos. Nunca dissemos que tínhamos o problema dos filhos, porque para nós nunca foi um problema. Somos uns apaixonados por viagens e os nossos filhos também já são. Há uma adaptação de pa...

Educar pela responsabilização

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Ainda lecionava em Portugal no primeiro ciclo e lembro-me de ouvir dizer “só dizes isso porque não tens filhos”. Hoje, uns bons anos depois , a minha resposta seria que naquela altura não tinha filhos e por essa razão pensava que a responsabilização das crianças só era possível a partir da escola primária , mas afinal agora sei que pode começar muito mais cedo. Cá em casa , os momentos de brincadeira são muito mais estimulados do que dispositivos eletrónicos ou outras brincadeiras mais sedentárias. O tempo é usado pelas crianças como elas desejam, mas há responsabilidades que são obrigatórias diariamente e lhes retiram uns 10 dos 1440 minutos diários que têm. Os resultados são fantásticos. Mas afinal o que coloco eu os meus filhos a fazer? Nada! Apenas faço com que participem nas tarefas diárias. Quando tiram a roupa têm de a colocar no cesto da roupa suja. Antes de se deitarem têm de ir escolher a roupa para vestirem no dia seguinte. Depois da roupa passada têm de arrumar as sua...

A praga dos piolhos

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Há tarefas que temos com as nossas crianças todas as semanas e não discutimos porque não há volta a dar.. por exemplo cortar unhas. Quando se tem um filho a pessoa até estabelece uma rotina, cá em casa era ao domingo ao final do dia, no segundo filho tentava-se , mas já não era certo que fosse no mesmo horário e ao terceiro as unhas vão-se cortando quando estiverem grandes ou quando aparece alguém arranhado. Há um ditado que diz “quem faz o que pode a mais não é obrigado” ,   portanto vai-se fazendo o melhor que se pode. Entretanto o bom desta história é que cortar 80 unhas por semana tem tendência a diminuir e entretanto e rapidamente já só tenho praticamente a responsabilidade de 70, porque com 6 anos , cá em casa, já se é tão grande que até se quer cortar as unhas das mãos sem ajuda. Claro que a autonomia dá muito trabalho ao início , porque exige verificar tudo e às vezes até se perde mais tempo , mas devo dizer que já estamos numa fase que quase não é necessário verif...

Obrigatório não esquecer quando vemos um bebé

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Hoje venho fazer uma reflexão sobre o que é ter um bebé e coisas a não esquecer quando nos aproximamos de um bebé. Como pais temos sempre tendência a eliminar da nossa memória as coisas más, a esquecer noites mal dormidas, a esquecer idas ao hospital,... podemos até nem esquecer o que vivenciámos mas mais tarde desvalorizaremos o impacto que tiveram para nós. Já disse anteriormente que , embora tenha três filhos, foi muito difícil ter o primeiro. Hoje , tenho a certeza que o nosso pensamento tem a capacidade de permitir e de bloquear. Podemos até querer muito , mas se há algo que nos preocupa/ afeta, o corpo pode simplesmente bloquear. Aconteceu comigo , o que me deixou sem chão durante muito tempo , mas que também me tornou mais forte e me fez pensar e compreender que ser mãe era realmente para mim um objetivo de vida. Durante esse tempo fui “obrigada” a refletir, a analisar muitos prós e contras e a perceber que queria mesmo ser mãe, quer fosse biológica ou adotiva. Quis o...

Porque devemos ter filhos autónomos?

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  Ser criança é querer crescer e ser grande, é sonhar com a queda do primeiro dente, é sonhar e idolatrar jogadores, atores, cantores ou até mesmo “influencers”,… e são as pessoas que os inspiram que os fazem delinear o que gostariam de ser quando “forem grandes”. Quem de vós não se lembra de olhar para alguém mais velho e pensar « que sorte tem…»? Ser criança é mágico, as crianças são criativas e aprendem muito rápido. Não vêem maldade em nada e brincam sem preocupações. Gostam de brincar (como todos nós), têm tempo para isso e adoram ajudar.   Fazem ligações de conhecimentos deliciosas e querem muita atenção. Odeiam ser tratadas por bebés, a partir do momento em que nos conseguem ajudar também não percebo como possam ser bebés. Por definição bebé é um recém nascido ou uma criança com poucos meses de vida. Eu diria que até ao ano ou talvez até começarem a andar mas as companhias aéreas estabeleceram 2 anos. Há pessoas que estabelecem a vida toda, mas já falei disso e...