O desafio de gerir três crianças

 


Sempre disse que gostava de ter três filhos e a oportunidade de cumprir esse desejo surgiu pelo que ando a aprender a gerir três.

Quem me conhece sabe que organização é uma das minhas maiores qualidades, seja de tempo ou de espaço mas nem tudo é fácil quando são mais do que os nossos braços.

Assim que soubemos da novidade e ainda antes de ser « oficial » começámos a preparar os manos para o grande dia. 

A explicar e a fazê-los entender o que iria ser diferente na nossa casa e a incluí-los nas decisões que achávamos que deveriam ser incluídos, inclusive o nome. Após a nossa seleção inicial e quando já tínhamos uma « short-list » perguntámos que nome preferiam e chegámos todos a um consenso.

 

Como residentes no estrangeiro e com a logística de duas crianças não é propriamente fácil delinear a melhor forma para que seja uma transição suave a chegada de um novo bebé.

A preparação envolveu uma lembrança dos manos para a bebé, alguma coisa que tivessem e gostassem mas que seria mais útil para a bebé e uma pequena prenda da bebé para cada um deles que passou por uma bolsa de higiene com a responsabilidade de estarem cada vez mais crescidos.

 

Continuo a acreditar que os bebés nos percebem, já escrevi sobre isso em artigos precedentes. Pelo menos com os meus três foi assim, preparei-os e pedi-lhes para saírem quando já me sentia preparada e correu sempre tudo bem. Pode ser só sorte mas aliada a muita coincidência.

Marquei viagem para os meus melhores ajudantes, para nos virem ajudar na árdua tarefa de: preparar uma casa com duas crianças para a chegada subtil de um bebé .

Organizei tudo sem contar com as duas últimas semanas porque eu tinha a certeza que também viria, tal como os irmãos às 38 semanas.  

Expliquei o plano aos manos, que andavam ansiosos, « mil » vezes para que não fossem apanhados desprevenidos. E fui dizendo à bebé que só podia sair depois dos avós chegarem. Até disse às parteiras no hospital (que acharam que eu era louca) que podiam aguardar pela minha chegada no dia X, uma delas achou tanta piada à minha convicção que até escreveu a data e o meu nome para confirmar que eu tinha dado entrada caso não estivesse a trabalhar.

 

Às tantas já não era só eu a falar com a bebé mas os manos também a dizer que ela não podia sair até os avós chegarem, que tinha de aguardar. E não é que ela aguardou e nessa noite eu dei entrada na maternidade, como tudo estava preparado e comunicado, a fase inicial foi fácil para toda a gente.

Agora com alguns meses passados a gestão é mais fácil mas há momentos em que os três querem atenção ao mesmo tempo e normalmente acontece quando estou sozinha. Não é fácil, exige muita logística e paciência. Mas com amor e respeito tudo flui. 

 

Para quem pondera ter três filhos e gosta de ter tudo sob controlo alerto para que não tenham ilusões, no início será complicado. A gestão é apenas a possível, o tempo não estica, mas a ocitocina com três… é às toneladas.

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