Amamento e fui vacinada

 


Fui convocada para ser vacinada, coisas da idade...!

Se no início desta pandemia estava assustada, até porque estava grávida. Neste momento e depois dos mais velhos da família já terem sido vacinadas, já só esperava receber a carta para poder imunizar também a minha filha.

 

Podia pensar que a vacina tem um chip para nos controlar, que tem produtos especiais que nunca mais nos deixarão ir à casa de banho sozinhos, que daqui a dois anos todas as pessoas que tomaram as vacinas vão sofrer consequências e tantas outras coisas que já li e ouvi. Como tenho sempre uma atitude muito positiva em relação às coisas sou daquelas pessoas que já deixou de ler e controlar número de casos mas tenho respeito por tudo o que se está a passar. Como todos vós que estão ler também estou farta e já voltava à normalidade sem ter saudades das máscaras. 

 

Como tenho a sorte de privar com pessoas que pessoalmente ou profissionalmente estão mais a par do que eu, não tenho questionado muito mas vou-me mantendo de alguma forma informada. Depois de muitas conversas já há cerca de dois meses que estava mesmo convencida, quando tivesse oportunidade de ser vacinada não pensaria duas vezes. 

Quem amamenta sabe os benefícios para as crianças e desde o início que as notícias que saiam era que mães que amamentavam e contraiam covid não deviam deixar de amamentar. Se essas foram sempre as indicações para quem contraria a doença porque não seriam para quem administra a vacina? 

 

Ha países onde mães que amamentam tem/tiveram prioridade mas no Luxemburgo não foi assim. No Luxemburgo as mães tinham que assinar um termo de responsabilidade mas atualmente já nem tem, o que apenas vem comprovar a minha teoria de que é a maneira mais simples de imunizar crianças.

 

Claro que todos somos livres de optar por ser vacinados ou não mas confesso que quando penso nesta premissa deste prisma vem-me logo à cabeça o direito de voto em Portugal. Aquele que é definido como um direito mas que a percentagem de pessoas que votam mostram-nos claramente que as pessoas não percebem o direito como a opção que tomam mas como a possibilidade de irem ou não votar.

 

Esta comparação remete-me ao meu princípio de vida: melhorar a sociedade para os meus filhos e para os vossos. E foi essa a razão de não hesitar um segundo na toma da vacina. 

Por ser apaixonada por educação, dar o exemplo é um dos princípios obrigatórios. 

Solidariedade, cooperação e respeito são valores que tento incutir diariamente aos meus filhos e aos meus alunos portanto nem me passaria pela cabeça não tomar a vacina por ter receio.

Esta pandemia está a mostrar-nos que temos muito a aprender sobre humanidade.

 

Todos estamos apreensivos mas todos fazemos parte da solução e não querer tomar a vacina por receio não tendo verdadeiramente razões válidas é egoísmo. 

E espero verdadeiramente que quem anda a fazer campanha nas redes sociais alegando a perigosidade das vacinas sejam consistentes e sejam as mesmas pessoas que: não partilham dados através de aplicações, não comem fritos, não comem açúcares, fazem pelo menos 150 minutos de atividade física por semana, dormem pelo menos 7 horas por noite, nunca veem televisão deitados no sofá por causa da postura, não estejam mais de 15 minutos agarrados ao tlm por causa dos olhos etc etc. Senão for o caso e já não contribuindo para a solução pelo menos estejam conscientes que o covid não é novo e os cientistas já o conhecem há muito tempo. 

 

Para quem está indeciso para a toma, devo dizer que 24 horas depois apenas tive o braço um bocadinho dorido, o normal depois de ter tomado uma vacina. Tal como nas vacinas das gripes, a toma não quer dizer 100% de imunidade mas redução do risco, portanto enquanto não houver imunidade de grupo, aquela para a qual todos estamos a ser convocados, é natural que mesmo quem tenha sido vacinado tenha alguma possibilidade de contrair a doença. Por ai, também vão contribuir para a imunidade de grupo?

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O desafio de gerir três crianças

Porque devemos ter filhos autónomos?

Ser Mãe ou Super Mãe