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Amamentação e um pesadelo de 3 meses

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Sou uma defensora da amamentação, fiz questão de amamentar os dois mais velhos até aos 24 meses e tenciono fazer o mesmo com a mais pequena. Mas amamentar não é sempre fácil, é efetivamente um desafio. Quando corre bem está tudo bem e é maravilhoso ,  mas quando não corre consegue ser muito extenuante e até doloroso. Uma das consequências inicias que tive quando comecei a amamentar foram os olhos secos. No Luxemburgo foi diagnosticado tudo e mais alguma coisa, porque eu via bem e não percebiam porque me queixava de ver baço. Depois de hidratar os olhos com gotas e pomadas cheguei à conclusão que o melhor era aumentar radicalmente a água consumida e foi a melhor medida que tomei. A amamentação consome-nos muita água e se com a segunda filha já me obrigava a beber água, na terceira impus-me inicialmente a beber 4 garrafas de água por dia, 6L de água. Não gastava plástico porque enchia todos os dias as 4 garrafas   com água filtrada da torneira. A conclusão foi que enquanto tive essa

Educação Física o parente pobre

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Estamos em ano de Jogos Olímpicos, ano em que o Mundo se lembra que o Desporto existe. Ano em que todos se lembram de reclamar medalhas, ano em que mesmo as pessoas mais sedentárias criticam o facto dos atletas não terem conseguido ganhar entre os melhores. O desporto de competição está longe da minha área de interesse, sou uma apaixonada pelo movimento, pela atividade física, pela educação física, pela promoção de uma vida mais saudável. As provas dos JO são divertidas de ver mas a minha vida não me permite sentar em frente à televisão a acompanhar como gostaria. “Não conseguimos nada, só ganhámos um certificado!”, nos jogos olímpicos só concorrem os melhores! Aqueles que praticam arduamente todos os dias e que são efetivamente os melhores do mundo. Como podemos dizer com desdenho que os atletas não ganharam nada quando dentro dos melhores do mundo ainda ganharam um diploma? Ganhar as provas é já por si uma motivação que todos os participantes têm, mas estão a concorrer os melhore

Desengasgar um filho bebé

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Não tenho conseguido escrever, não por me esquecer ou por não ter assunto, mas simplesmente porque a gestão familiar, profissional, académica e social não é sempre fácil. Quem tem filhos concorda certamente que existia uma vida e uma utilização do tempo sem filhos e outra completamente diferente e bem mais rápida com filhos.   Hoje vou contar-vos um episódio que vivenciei no outro dia e que acredito possa ser útil para quem o ler. Fui almoçar com uma amiga a um centro comercial e com a minha filha mais nova, na altura com oito meses. Não sei se já mencionei, tenho um artigo para escrever sobre isso, mas tenho a «sorte» de ter crianças que gostam muito de comer. Prometo que não me esquecerei de vos contar porquê. Levei comida para a minha filha, cozinhada, já partida e separada em caixinhas para ir abrindo para ela ir comendo sozinha. Às tantas apercebo-me que a pêra não estava tão bem cozida como a maçã, porque   tinham sido cozidas juntas e comecei a partir os bocadinhos

Tirar ou esperar?

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  Já passaram anos desde que escrevo este blog e às vezes questiono-me se vale a pena despender tempo a escrever e, quando isso acontece, há sempre alguém que vem ter comigo e me diz « Catarina, podias escrever sobre este tema.. » e acabo sempre por pensar em imensas coisas e fico a acreditar que vale a pena e que ajudará a atingir o meu propósito de criar uma sociedade melhor para os meus filhos e para os vossos. No outro dia uns amigos disseram-me que eu não podia não ter sido mãe, que me estava no sangue. Não sei se percebi completamente porque diziam isso, mas se tiver que me descrever enquanto mãe diria que sou uma mãe galinha mais racional que emocional. Adoro os meus filhos e acompanho-os muito mas tento agir sempre da forma que me parece melhor para se tornarem bem aceites na sociedade. Se os meus filhos me pedirem para comprar alguma coisa e eu não vir propósito ou necessidade direi que não, mesmo que façam choradinho. Enquanto mãe, às vezes sinto que não conseguimos ver c

Qual o problema de tornar os nossos filhos os reis da casa?

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Costumo por brincadeira chamar os meus filhos de príncipes e hoje li um artigo que me  fez perceber porque é que não chamo os meus filhos de reis ou rainhas. Já referi em artigos anteriores o respeito que tenho pelos meus filhos, desde o dia em que nasceram, respeito-os e converso com eles desde sempre. Falamos e tudo é explicado, não existe um “não porque eu não quero”. Existem nãos com explicações válidas que são, por norma, bem aceites. Com a justificação aumenta também a percepção que têm das situações que os rodeiam, o que aumentará possivelmente a maturidade deles. Não mudei a minha vida quando eles nasceram, adaptei-a. Não deixei de ser eu própria, mas há coisas que foram ajustadas. Saía imenso à noite quando era mais nova, com a chegada dos filhos não deixámos de sair, mas saímos menos. Nunca dissemos que tínhamos o problema dos filhos, porque para nós nunca foi um problema. Somos uns apaixonados por viagens e os nossos filhos também já são. Há uma adaptação de parte

Educar pela responsabilização

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Ainda lecionava em Portugal no primeiro ciclo e lembro-me de ouvir dizer “só dizes isso porque não tens filhos”. Hoje, uns bons anos depois , a minha resposta seria que naquela altura não tinha filhos e por essa razão pensava que a responsabilização das crianças só era possível a partir da escola primária , mas afinal agora sei que pode começar muito mais cedo. Cá em casa , os momentos de brincadeira são muito mais estimulados do que dispositivos eletrónicos ou outras brincadeiras mais sedentárias. O tempo é usado pelas crianças como elas desejam, mas há responsabilidades que são obrigatórias diariamente e lhes retiram uns 10 dos 1440 minutos diários que têm. Os resultados são fantásticos. Mas afinal o que coloco eu os meus filhos a fazer? Nada! Apenas faço com que participem nas tarefas diárias. Quando tiram a roupa têm de a colocar no cesto da roupa suja. Antes de se deitarem têm de ir escolher a roupa para vestirem no dia seguinte. Depois da roupa passada têm de arrumar as sua

A praga dos piolhos

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Há tarefas que temos com as nossas crianças todas as semanas e não discutimos porque não há volta a dar.. por exemplo cortar unhas. Quando se tem um filho a pessoa até estabelece uma rotina, cá em casa era ao domingo ao final do dia, no segundo filho tentava-se , mas já não era certo que fosse no mesmo horário e ao terceiro as unhas vão-se cortando quando estiverem grandes ou quando aparece alguém arranhado. Há um ditado que diz “quem faz o que pode a mais não é obrigado” ,   portanto vai-se fazendo o melhor que se pode. Entretanto o bom desta história é que cortar 80 unhas por semana tem tendência a diminuir e entretanto e rapidamente já só tenho praticamente a responsabilidade de 70, porque com 6 anos , cá em casa, já se é tão grande que até se quer cortar as unhas das mãos sem ajuda. Claro que a autonomia dá muito trabalho ao início , porque exige verificar tudo e às vezes até se perde mais tempo , mas devo dizer que já estamos numa fase que quase não é necessário verificar