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Crianças e o Pai-Natal

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Desde sempre me lembro de ouvir que o Natal é das crianças mas eu pessoalmente acho que o Natal é de todos nós!!!  Não esquecendo o motivo histórico do Natal, para mim é um período de partilha, não deve ser consumismo! Embora ainda não tenha quebrado a ideia do pai-natal prefiro que os meus filhos vejam o Natal como um momento de união  em que eles têm  de ser generosos e distribuir o que têm por outros meninos,  sejam  coisas materiais ,   sejam  atitudes e valores. Tem resultado bem, de tal forma que os vejo a gostar de partilhar o ano inteiro. No outro dia um amiguinho do meu filho foi a nossa casa e o meu filho  quis dar-lhe um boneco de que  gostava muito, senti-me orgulhosa. Não sei se foi visível na minha expressão ,  mas foi pelo menos no meu coração.   Já partilhei o facto de colocar os meus filhos, com a devida seleção de informação, ao corrente de tudo. Não quero que acreditem cegamente no pai natal e que associem a magia...

Ser Mãe ou Super Mãe

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  Ser mãe é mágico, nem toda a gente quer, nem toda a gente pode, nem todas vivenciamos as situações da mesma forma. Cada vez mais se fazem tratamentos de fertilidade, também tive essa sorte. Senti-me sem chão durante 5 anos mas resolvi que ia ser feliz! Que me ia focar no que gostava, não foi sempre fácil, muito pelo contrário. Foi muito difícil! A sociedade consegue culpabilizar pessoas e manipular sentimentos. “Então e filhos?”, “então e o segundo?”, “então e o terceiro?”, “como vão dar conta de três?”.. Se estamos bem connosco mesmos até nem nos incomoda, somos capazes de responder, ignorar, desdramatizar mas se algo nos incomoda pode ser uma gota num copo de água que já transborda. Felizmente tive um longo caminho cheio de dificuldades, originou muitas lágrimas mas foi possível e aprendi muito. Esquecemos rápido como esquecemos tudo. O choro dos bebés, as noites mal dormidas,… desengane-se quem não quer ou não consegue que tudo é fácil, não é! Os sonos não são ao nosso ri...

Prioridades de uma mãe

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Somos todos diferentes e em cada casa há uma realidade diferente, vou contar-vos como sinto o impacto de ser mãe à minha volta. Sempre fui muito empenhada com o meu trabalho, grande parte dos anos de serviço que tenho foram como independente, embora tenha dado aulas em escolas, paralelamente sempre tive a minha empresa ou atividades como freelancer. Não sei se pelo peso da responsabilidade ou se por ter sido mãe já acima dos 30 anos,  as minhas prioridades mudaram completamente quando me tornei mãe. Se antigamente despendia algumas das minhas horas vagas a inventar ocupações, tudo mudou. A minha maior ocupação passou a ser observar e acompanhar os meus filhos. Não sou propriamente uma mãe galinha que apenas defendo os meus filhos, embora ache que todos nós temos um bocadinho dessa característica mas como professora que quer um mundo melhor para os seus filhos e para os vossos sou apenas uma curiosa que gosta de ver por perto a evolução do mundo. Isto para vos dizer que os meus...

Educação atual ou falta dela

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  Ultimamente são muitas as vezes em que lamento a educação atual ou a falta dela. São inúmeras as situações que nos invadem as casas sejam de notícias longínquas sejam de eventos próximos de violência e bullying que são assustadores. Como mãe e como professora assusta-me o rumo que tudo isto está a levar.   A irresponsabilização é quanto a mim um dos maiores problemas. Se é criança é muito pequena para perceber, se é adolescente/jovem estava só a tentar defender algo que lhe é próximo. Precisamos de uma sociedade, não de um grupo de pessoas que coabitam no mesmo espaço físico. Precisamos de educar para a vida em sociedade e embora continue a acreditar, há momentos em que sinto que se não tivermos todos um papel ativo para que possa funcionar iremos destruir aos poucos a coesão das sociedades. Somos um exemplo para os nossos filhos e para os nossos alunos (claro que depende muito da idade que tenham mas acredito que boas condutas são fundamentais no acompanhamento de qua...

Como podemos comunicar melhor com as crianças?

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  A falta de comunicação é um dos maiores flagelos da nossa sociedade, não tem idade nem geração. As pessoas estão cada vez menos comunicativas e sociáveis, cada vez interagem mais com os seus telemóveis e às vezes questiono-me mesmo se sabem e conseguem mesmo comunicar. Vejo os meus alunos que muitas vezes se envergonham de questionar presencialmente, que preferem enviar e-mails mas que os evitam e que cada vez que tem de fazer uma apresentação são obrigados a uma preparação imensa. Que quando tem dúvidas não perdem tempo a refletir mas perguntam para saber a resposta. É a via do facilitismo. Cada vez se lê menos, cada vez se pensa menos porque tudo aparece feito. No outro dia numa aula estivemos a discutir a principal razão de se andar na escola e a questão estava em torno de se seria para aprenderem ou se para terem boas notas. A questão era clara para maior parte deles: estudavam apenas para a nota, a aprendizagem era supérflua.   É provavelmente o facilitismo da...

Como explicar aos nossos pais que iremos educar de outra maneira?

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  Imagem:   CC BY-NC-ND No outro dia vi esta questão numa rede social, fiquei a pensar no assunto e pensei que seria um bom tema para escrever. Atualmente generaliza-se tudo e achei que seria uma boa forma de resumidamente explicar a educação positiva.   Antigamente as palmadas eram vistas como um método educativo, mesmo nas escolas. Confesso que levei uma reguada na escola e me serviu de exemplo, fui para o recreio brincar em vez de fazer o trabalho que era suposto. A avaliar a situação até poderia achar que tinha surtido efeito mas não foi a reguada que me marcou mas o que a professora me disse. Não consigo partilhar exatamente as palavras mas disse-me que lhe estava a custar muito porque não esperaria que alguma vez eu o fizesse. As palavras acertaram-me no meio do meu coração e marcaram-me para sempre. Não o voltei a fazer! Pergunto-me se há alguém que tenha sido agredido fisicamente que tenha aprendido alguma coisa. Por norma a agressão física dói mas a dor ...

Como aumentar a autonomia das crianças

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  As crianças são ávidas de conhecimento, não nascem ensinadas mas tem capacidades incríveis. Aprendem desde a gestação e continuam em constante aprendizagem. Uma criança quando nasce explora, inicialmente com a boca e posteriormente com as mãos e por observação. O sentido audição no momento do nascimento está completamente formado. A visão vai sofrendo modificações. A criança quando nasce vê tudo desfocado e a preto e branco e progressivamente vai ficando menos turvo e com cor, quando inicia a marcha normalmente a visão da criança já está completamente desenvolvida. Um recém nascido tem necessidade da sua mãe não por capricho, mas para se sentir seguro e confortável neste novo mundo desconhecido. Há mães que optam por amamentar outras que por inúmeras razões não o fazem. Todas as crianças crescem mas os estímulos e as vivências, juntamente com o envolvimento farão diferenças no desenvolvimento. Uma das dimensões em que a educação pode fazer diferença é no desenvol...