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Nãos que parecem Sims

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Hoje o meu artigo é destinado a pais e avós, às pessoas que acedem a tudo e às outras a quem o « não » sai mais rápido que o pensamento. O equilíbrio em educação é sem dúvida a melhor receita.   Quantos de vós se lembram de professores que não conseguiam chegar aos alunos, que os deixavam fazer tudo,  que não se faziam ouvir e que não tinham « mão » na turma? São esses os professores que recordam?  As pessoas que nos marcam são normalmente aquelas que são correctas e coerentes nas suas atitudes e comportamentos, é então isso que as nossas crianças procuram. Pessoas coerentes e consistentes. Eles gostam de regras, as regras dão-lhes segurança. Todos dizemos mal dos árbitros mas já imaginaram um jogo sem regras? Isso não quer dizer que queiramos aqueles árbitros que apitam por tudo e por nada e não deixam jogar.   Para se ser um excelente educador, pai, avô, é fundamental não mudar as regras a meio do jogo. Explicar as regras do j...

Gestos que não custam nada e podem salvar vidas

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  Já contei algumas coisas que fui fazendo profissionalmente, que me aproximaram das crianças e que me incentivaram a gostar de educar. Os campos de férias por exemplo foram momentos que recordarei para sempre, uma imersão só possível para quem gosta mesmo, eram 24 sobre 24 horas, 14 dias seguidos, sem descanso. Lembro-me de chegar a casa estafada, feliz mas ainda a contar crianças. Acordava durante a noite sobressaltada para ver se não faltava nenhuma. Era uma responsabilidade maior do que o próprio corpo.   Quando alguém nos incube a responsabilidade de cuidar de algo muito valioso aumenta-nos as nossas capacidades como seres humanos. Foi um prazer ser responsável por tantas crianças, em momentos diferentes, durante a minha vida. Fizeram-me ser melhor pessoa, melhor profissional e construíram-me enquanto mãe.   Tenho alguns traços de mãe galinha mas sou aquele tipo de pessoa que gosta de confiar e também já expressei várias vezes o valor que dou à autonomia da...

Era só eu mas agora sou @ irma@ mais velh@

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  Somos muitos os que passamos por isto, eu própria passei. Quando o meu irmão nasceu mudei de estatuto e passei a ser a “melhor irmã mais velha”. Quando somos pais o desespero aumenta e as questões urgem de “será que conseguirei gostar dos meus filhos da mesma forma”. Mais do que essas questões foquei-me na atenção que dava ao meu filho mais velho, ter um recém-nascido dificulta esse pequeno trabalho de casa mas é uma necessidade para garantirmos tranquilidade no seio familiar. Antes da pequena nascer comprei livros para o ajudar a ser mais autónomo. Concentrei-me na autonomia do mais velho, claro que a diferença de praticamente 3 anos ajudou mas nessa altura ele já descia escadas sozinho, ia à casa de banho, comia e dormia autonomamente e facilmente foi promovido ao estatuto de “melhor irmão mais velho”. Comprou uma prenda para a mana, que também lhe trouxe a prenda que ele queria, ainda nem sequer estava cá fora e já o conhecia tão bem. Sou apologista que com crianças tem...

Será confiar sinónimo de bem educar?

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  Quando a palavra confiança me vem à cabeça lembro-me sempre da premissa que demora uma eternidade a construir e demora segundos a perder-se. O que é uma realidade. E é mais um dos princípios a ter em conta quando educamos. As relações constroem-se baseadas em confiança, independentemente da natureza das mesmas.   Quando educamos temos de confiar mas mais importante ainda devemos, enquanto educadores, transmitir confiança. As crianças, independentemente da idade que tenham, sentem o nível de confiança que lhes é transmitido. Mentirinhas piedosas podem quebrar relações e quando digo isso refiro-me a mentiras para com as crianças. Não as subestimem! Elas são muito perspicazes.     A criança vê o adulto como um exemplo e no dia em que apanhar uma “mentirinha piedosa” irá reproduzir e qual será a moral do adulto para dizer “eu faço mas tu não podes fazer” sem ser a utilizar a “autoridade” para se impor? Educar exige dar o exemplo e ter boas atitudes. To...

Responsabilizar: apoiar mas não levantar!

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Educar com ferramentas mas deixar que sejam as crianças a usá-las é o que tento fazer com os meus filhos e com os meus alunos desde sempre. Mais uma vez responsabilizar! Não estaremos sempre e não estaremos para sempre é por isso bom disponibilizarmos ferramentas para que sejam responsáveis. As crianças não serão menos crianças se forem responsáveis.    Quando dava aulas no primeiro ciclo acontecia muitas vezes ter crianças que me diziam “não trouxe o equipamento porque os meus pais se esqueceram”. Nessa altura não tinha filhos e achava essa premissa pouco válida e dizia que os responsáveis não eram os pais mas eles (alunos). Pensava e defendia que deveriam ter uma forma de controlar em que dia da semana iam e saber quando deveriam levar o material.    Agora com filhos esta ideia ganhou maior peso, porque não é um desejo que tenho é uma realidade, tem de ser uma realidade. Supervisiono, estou lá sempre, dá ainda mais trabalho mas por norma são responsáveis. E...