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Eu bem te avisei que ias cair!

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  “Não”, é provavelmente a palavra que os adultos mais dizem às crianças: não mexas aí, não faças isso, não digas isso (não, não, não!). E porque não? Porque não podem as crianças mexer ou fazer ou dizer? Às vezes o « não » está de tal forma por baixo da língua que nem perdemos tempo a observar a razão do « não ». No outro dia quando fui buscar os meus filhos à creche ouvi uma mãe dizer « não corras que ainda cais!», a criança caiu e a mãe correu para levantar a menina do chão e completou « eu bem te avisei que não devias correr ». Escusado será dizer que fiquei chocada! Uma criança de três anos que não pode correr? Porque pode cair? As crianças devem correr e devem cair. Devem gostar de se mexer e os adultos tem como função incentivá-las a mexerem-se, cada vez mais, a ousarem testarem-se fisicamente para poderem cair muito e serem felizes, superando-se a elas próprias. É necessário « pesar » o grau de perigosidade das situações. Porque não pode a criança correr? A resposta das ...

Ana La Bella Carapinheiro

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Hoje na rúbrica "boas práticas" apresento-vos a escritora e ilustradora Ana La Bella Carapinheiro, que já publicou 8 livros multilingues, para crianças. Tenho adorado esta parte do meu blog, tenho conhecido pessoas inspiradoras, com projetos interessantíssimos, tem sido muito enriquecedor. Obrigada Ana pelas conversas e pelos livros, as crianças adoram! O meu nome é Ana La Bella Carapinheiro, sou luso-italiana. Sou escritora, licenciada em Educação de Infância, mestre em Psicologia da Educação e doutorada também na área da educação. Actualmente exerço funções de professora de artes e professora universitária. O gosto pelos livros e pela escrita começou ainda na infância, escrevendo sobretudo poesia. Durante a realização da minha tese de mestrado sobre a amizade no pré-escolar surgiu a ideia de publicar um livro infantil baseado nos dados recolhidos através de entrevistas a crianças com 5 anos de idade. Surgiu assim o primeiro livro infantil “Ser amigo é”, é um Picture boo...

Se arrumares o quarto dou-te uma recompensa

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    Muitos pais me tem abordado por lerem o blog, serem pais de primeira viagem e terem receios de não estar a altura para educar os seus filhos. Querem seguir pedagogias alternativas, perceber melhor como podem dar o melhor aos seus filhos. Conheço bem as pedagogias Montessori e Waldorf, sigo muitas coisas de ambas. Montessori mais estrita relativamente a valores, acabo nesse campo por a seguir mais, as crianças aprendem ao seu ritmo e são acompanhadas por pessoas que as vão motivar e incentivar a desenvolverem-se cognitivamente. Waldorf mais livre, estimula mais as brincadeiras e foca a aprendizagem em torno das mãos. As crianças desenvolvem imenso a expressão artística: aprendem a coser, utilizam inúmeros materiais para desenvolver a expressão plástica, teatro,… Cada pedagogia tem as suas mais valias. Pessoalmente gosto de as conhecer para as poder utilizar de acordo com as necessidades. Como tudo tem também fatores menos positivos. Essas duas pedagogias por exemplo, quan...

Family Alive

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Hoje na rúbrica boas práticas apresento-vos o projeto Family Alive. É um projeto muito interessante que une a família através da atividade física. Convido-vos a ler e a saber mais. Já pensaram que atividade irão fazer hoje em família? O Family Alive é um projeto de empreendedorismo científico que tem como propósito inspirar e guiar famílias a atingirem o seu verdadeiro potencial, para aproveitarem a sua vida familiar ao máximo, através da prática de atividade física em família. Alicerçados nos valores do desporto, treinamos as famílias como equipas, que superam a sua condição física e vivência familiar.   Como tudo começou   Chamo-me Susana Garradas, sou licenciada em Motricidade Humana, ramo Educação Física e Desporto e doutorada em Ecologia Humana, tese: O papel da Motricidade Humana na promoção da saúde, resiliência e coesão familiar. A minha experiência profissional de quase 20 anos a trabalhar na área do exercício físico e saúde e a minha vivência enquanto mãe e peran...

Desafios do confinamento em família

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Estamos fartos, todos fartos! De máscaras! Da falta de liberdade de sair de casa como queremos! De estarmos com quem quisermos! De viajar! De beijar e abraçar só porque sim! De passarmos 24h sem pensarmos no que andamos a viver! Ninguém poderia prever que 2020 e 2021 seriam anos de pandemia, onde as crianças teriam de estar isoladas. “Pobres” crianças! Sou uma crente que em 2022 tudo estará bem mas para isso é necessária uma enorme responsabilização de todos. Como deverá ser complicado, para as crianças e mesmo para os adolescentes, perceber o que se está a passar. Por muito que a comunicação seja consistente e que a mensagem passe, como se sentem as crianças neste momento? Já fez esta reflexão? Muitos meses depois ainda ninguém se habitou verdadeiramente a esta nova realidade. A maioria das soluções encontradas são apenas temporárias. Aulas on-line ou mistas ainda são apenas o remediar de uma situação e não uma evolução digital embora já estejamos em 2021 e este seja um sinal de ...

Teatro do Biombo

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Nos tempos em que vivemos torna-se fundamental ter opções a realizar com as nossas crianças. Hoje apresento-vos na rúbrica boas práticas, o teatro do Biombo. Podem adquirir bilhetes para espetáculos que podem seguir a partir de casa. Obrigada Joana Capucho e Miguel Mata Pereira pela participação no blog e muito sucesso no vosso projeto. O Teatro do Biombo foi criado em 2010 por Joana Capucho (teatro) e Miguel Mata Pereira (psicologia educacional) dedicadando-se maioritariamente à primeira infância e ao contexto escolar. Desenvolvemos projectos artísticos distintos para: bebés até aos 3 anos e crianças dos 4 aos 6. VAMOS ÀS CRECHES E JARDINS DE INFÂNCIA! Acreditamos que experiênciar a arte na primeira infância tem um impacto fundamental para o desenvolvimento intelectual, social e afectivo dos Seres Humanos. Seguindo o exemplo de outros países, o resultado de um contacto regular com a actividade artística na primeira infância, será a criação de seres culturalmente activos que experienc...

Onde anda a responsabilização das crianças e dos jovens?

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Responsabilização em educação uma necessidade ou um capricho? Casas desarrumadas, riscos na parede, sapatos sem atacadores, peixes sem espinhas, fruta descascada entre muitas outras situações será para muitos um contexto normalíssimo numa casa com crianças. Será assim em todo o lado? Em muitos países não é, mas na maioria dos países lusófonos os pais acabam por assumir a responsabilidade dos atos dos filhos, facilitando o seu papel. Arrumar depois de utilizar Quantos professores já usaram aquele material que era tão engraçado (e os alunos se mostravam tão motivados), apenas uma vez num ano letivo porque é tão difícil arrumar e acabam a fazê-lo sozinho? Quantos pais deixaram de dar aquele brinquedo giro com tantas peças pequeninas porque as crianças depois acabam por se fartar, fica tudo desarrumado e acabam por ter de arrumar tudo sozinhos? Tanto nas minhas aulas como em casa o arrumar faz parte das atividades. Promovo jogos, competições, músicas para que não seja um...